Quatro questões da árvore

Se a prefeitura de Florianópolis não está colocando qualquer centavo na árvore de Natal da Avenida Beira-mar, por que foi publicado um extrato de contrato, assinado pela prefeitura – representada pelo secretário de Turismo, Mário Cavallazzi – e a empresa Palco Sul, responsável pela montagem da estrutura? No extrato (confira aqui), a prefeitura alude ao Processo de Inexigibilidade nº 519/SADM/2009, homologado em 12/11/09 e publicado em 13/11/09. Quer dizer, a prefeitura dispensou licitação pública para o caso e o secretário Cavallazzi diz que o poder público não está gastando nada? Que é isso, gente?

Ah, sim, Cavallazzi deu entrevista há pouco ao Jornal do Meio-Dia (Hélio Costa), da RIC-Record, repetindo ataques à “família Amin”, como se a família Amin não quisesse a árvore ou fosse culpada por todas as nossas mazelas. É uma ingratidão e uma implicância esquisita, ainda mais pra quem se criou na política no antigo PDS (e Dário Berger também, entre tantos outros que hoje se protegem sob o manto de Luiz Henrique da Silveira e desse PMDB sem personalidade).

A questão não é árvore, secretário. São quatro questões:

— Por que a prefeitura não realizou concorrência pública?

— Por que a árvore está custando a exorbitância de R$ 3,7 milhões?

— Por que pagamentos tão rápidos (espaço de 43 dias), quando outros credores da prefeitura levam às vezes mais de um ano pra receber faturas de valores irrisórios?

— Por que a prefeitura não pediu licença à União para construir a árvore numa área que pertence à União?

Atualização — Dei uma cochilada ali no meio do post. Cavallazzi gaguejou num certo momento da entrevista ao Jornal do Meio-Dia, retificando o que disse sobre a prefeitura não estar gastando nada. Disse que, na verdade, tem grana dos fundos do governo na montagem da estrutura… Hummm. Isso só confirma o que já escrevemos: a grana é mesmo pública, via renúncia fiscal, que é o que fazem os fundos.

9 comentários sobre “Quatro questões da árvore

  1. O casal Amin infelizmente criou um monte de
    cascavel, esse cara é prova disso. Como Cata-
    rinense, digo que esses ataques gratuitos desses
    BANDIDOS ao maior politico que SC ja teve é
    PURO MEDO. Quando eles estavam ao lado de AMIN não tinham como ROUBAR, e hoje com
    LHS(PROFESSOR), estão atolando a mão.

  2. Damião, apenas para ilustrar a situação. Hoje, sábado, quando me dirigia ao centro da cidade, fui desviado na altura do Coxixos para uma espécie de pedágio. Um desvio marotamente elaborado e perigosamente sinalizado, com a solene presença da querida e aguerrida Guarda Municipal. Qual o intuito? Doação para uma cirurgia de olhos de uma garotinha. Uél, não muito longe, 3,7 milhões sendo torrados (apenas com a árvore). Dinheiro do setor privado, conforme o ilustre secretário. Na realidade recursos públicos, pois não se trata de simples doação. Empresário algum na Ilha faz doações para a administração pública sem uma contrapartida. A questão de como ocorre a contrapartida, porém, cabe ao Ministério Público e a Polícia investigar- caso haja algum tipo de vício ou suspeita. Na realidade, utilizam-se de leis de incentivo e outros artifícios para obtenção de reduções no pagamento de impostos. Não mais que isso. Em outras palavras, quem paga aquela bobagem monumental plantada na Beiramar é o público contribuinte. Para encerrar, não existe justificativa alguma para que a sociedade banque festas e solenidades de caráter religioso. Com todo respeito aos crentes, quem quizer, com suas crenças e recursos, que pague pelo evento. Ação civil pública para ressarcimento ao erário e ponto final.

  3. O Natal é comemorado em TODOS os países que não sejam mulçumanos e, inclusive, em alguns com pouca tradição católica. Logo, as festividades tem cunho cultural, vivemos em SANTA CATARINA, a maior cidade e o maior estado chama-se SÃO PAULO etc. a QUESTÃO AQUI É OUTRA: Cavalazzi CONFESSOU na entrevista ao DC e ao Hélio Costa ao menos um crime e um ilícito administrativo. O pau-de-siri das empresas contratadas é um dos maiores engôdos já divulgados na imprensa chapa branca.

  4. A questão é simples: se a árvore tem patrocínio de alguma empresa privada, e a OI é que foi mencionada pelo Cavallazzi, basta uma só providência: exibir o documento que identifica o multicitado patrocínio. Se ele existe, tudo fica claro. Se ele não existe, algema em todos os envolvidos.

  5. Damião!

    É impressionante a cara- de-pau desse tal de Cavallazzi. Mentir na cara dura para a população de Florianópolis. Estamos cansados de tanta picaretagem. Paasei pela Beira-Mar a poucos minutos e estão lá assistindo ao show, uns 5 “gatos pingados” . Não tem nenhum sentido construir uma árvore daquelas. O Secretário não tem um pingo de respeito com a população da capital.

  6. O eixo Rio-São Paulo também não deixa a desejar no ciclo natalino. Na capital carioca, a estrela da festa é a Árvore de Natal da Bradesco Seguros e Previdência, no Parque Cantagalo, que fica na Lagoa Rodrigo de Freitas. Citada no Guiness Book of Records como a maior árvore de Natal flutuante do mundo, ela recebeu cerca de 80 mil visitantes por dia nos últimos 14 anos. Para a edição de 2009, a inauguração foi neste sábado. Instalado na estrutura de 85 metros de altura, o carrilhão eletrônico reproduz canções natalinas, gravadas na Itália, com sinos tocados manualmente por sineiros profissionais. Entre 6 de dezembro e 6 de janeiro, a árvore será acesa de domingo a quinta, das 19h30 às 2h. Já sexta e sábado, das 19h30 às 3h.
    O Cavalo-Azi disse que tudo aqui estaria sendo patrocinado por uma companhia carioca.
    Nenhuma seria louca e deixar de investir no Rio, um dos lugares mais visitados no mundo ma virada do ano. Só empresa falida.
    Não adianta querer imitar, e pior tomara que dê um vendaval igual ao último.
    Deveríamos ir todos lá pegar nossas bolas e hipotecar, afinal devem ser de ouro.
    Vejam a diferença http://odia.terra.com.br/portal/rio/html/2009/12/arvore_da_lagoa_e_inaugurada_51252.html
    Acho que estamos sendo roubados? Será?

  7. O Sr. Cavalazzi e cia devem achar que somos desmiolados, seres sem discernimento e irracionais. Este senhor deve viver no mundo só dele, só pode. Alguém pinica ele pra ver se acorda.

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