Coluna de hoje (4)

Lei seca nos postos

A Polícia Civil está editando uma portaria que proíbe o consumo de bebidas alcoólicas nas lojas de conveniências dos postos de combustíveis da Capital. Nenhuma novidade. A maior parte dos postos localizados em áreas urbanas segue há alguns anos uma outra portaria, que diz a mesma coisa: nada de venda ou consumo durante a noite e madrugada!

Tem mais: os postos proíbem som alto nos seus pátios com base numa lei de 1940 (Decreto-Lei 2.848). Com isso, usando um mecanismo legal assinado pelo presidente Getúlio Vargas há 70 anos, afastam de suas imediações justamente os ‘malas’ que querem fazer festa à custa do sossego alheio.

Piso ameaçado

Historiadora Sara Regina Poyares dos Reis foi visitar as obras de reforma da antiga Academia de Comércio de Santa Catarina e surpreendeu-se com a revelação de que os ladrilhos hidráulicos, de valor histórico, antigos, raros e pouco danificados, serão substituídos por piso de granito, por causa de supostos riscos à segurança dos usuários. “Com certeza os pisos dos belos castelos europeus necessitam uma vistoria urgente desses gênios daqui, antes que um pobre turista possa ‘tropeçar’ na História”.

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Eu acrescento: se não for outra a explicação, só pode ser coisa de novo rico!

Parceria renovada

O Banco do Brasil assina hoje o termo de comodato com a Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes (FCFFC) para que a Galeria Municipal de Artes Pedro Paulo Vecchietti continue funcionando no prédio da instituição, situado na Praça 15 de Novembro, e que foi cedido em 2004 ao município.

Música na Praça

O Banco do Brasil decidiu renovar o comodato com a FCFCC, segundo o gerente geral Antônio Carlos Soares, por conta da percepção dos resultados das ações que estão sendo feitas no setor, resultado da intensa atuação da Fundação Franklin Cascaes anos para estimular a produção cultural em várias áreas nos últimos. O BB pode ser parceiro da fundação em outra ação cultural: a implantação do projeto “Música na Praça”, previsto para a Praça 15 de Novembro.

Hino e cultura

Deputado Gilmar Knaesel, autor do projeto para mudança do Hino de Santa Catarina, explicou no Twitter: “A ideia é valorizar nossa cultura, a história e tradição do estado e de nossa gente”. Tem mais: o projeto só vai para frente depois de um plebiscito. Ótimo. Que o governo catarinense promova audições públicas do Hino, durante seis meses, até que todos tenham conhecido. Duvido que alguém queira mudar a letra.

Desterro vive

Como nos velhos tempos: os clubes Doze de Agosto e Lira promovem em conjunto, nesta sexta-feira, Jantar Dançante comemorativo ao Dia dos Pais, com direito a Banda Zawajus e tudo mais. O evento será realizado nos salões do Doze, mas os ingressos podem ser adquiridos nas secretarias dos dois clubes.

Bestas

Do leitor Nacor Serapião Oliveira Filho: “É um absurdo o que estamos vendo nos jornais e nas TVs locais, com as delegacias de polícia virando presídios, como é o caso de Santo Amaro, onde presos perigosos fugiram, colocando a segurança da comunidade em risco. Como pode, meu Deus, tantos políticos fazendo discursos, dizendo que a segurança vai ser assim e assado, e os bestas do povão menos esclarecidos acreditam nestes que têm uma lábia enorme para mentir”.

Agendamento

Projeto pendente na Câmara Municipal e que precisa merecer atenção dos vereadores: o agendamento de consultas através de telefone em postos de saúde do município por idosos e deficientes físicos. De fato, é uma situação desumana que essas pessoas tenham que sair de casa de madrugada para agendar consulta médica, neste que é um dos invernos mais rigorosos dos últimos anos.

Poluição visual

Outro projeto que ainda não foi para frente na Câmara é o que diz respeito à poluição visual em Florianópolis, um problema que se espalha por vários pontos da cidade, deixando-a com aspecto sujo e desordenado. O projeto, que tramita desde 2007, dispõe sobre a ordenação dos elementos que compõem a paisagem urbana do município, permitindo a publicidade em ônibus, espaços públicos mediante licitação e em imóveis particulares.

Lugar errado

Calçadão da Rua João Pinto, em frente à Câmara Municipal de Florianópolis, noite da última segunda-feira. Parece que a situação se torna cada dia mais grave. Até o carro do prefeito – em primeiro plano – estava lá, estacionado sobre a calçada. Quando é que vão respeitar os espaços da cidadania? E ainda falam em humanização da cidade!

Apoio – O leitor Ricardo Vigolo faz um reparo à nota de ontem, sobre a desocupação do Direto do Campo. Para ele, o Direto do Campo é um equipamento indispensável à comunidade, porque os consumidores têm oportunidade de comprar produtos diferenciados, por preços melhores.

Paz – A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Seccional de Santa Catarina, vai promover neste sábado um ato público em defesa da paz e repudiando a insegurança vivenciada pelos cidadãos catarinenses. Concentração será às 11 horas, no acesso ao Mercado Público de Florianópolis, próximo à Avenida Paulo Fontes.

Xilogravuras – A FCFFC (Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes) inaugura hoje a exposição Júlia Iguti – Xilogravuras, que ficará aberta à visitação pública até 17 de setembro, das 10h às 18h.

Sem drogas – Biguaçu lançará no dia 13 deste mês o programa Droga Zero, com foco na juventude. “Seja feliz, não use drogas!”, é o lema do programa.

Tintas – A OSX se comprometeu em não utilizar sistemas anti-incrustantes danosos em seus navios e plataformas produzidos no estaleiro de Biguaçu. Para isso, a empresa utilizará tintas de uma linha pioneira no mundo em auto-polimento, livre de estanho. A perfomance da tinta já foi comprovada em mais de 10 mil navios.

Pirataria – Câmara da Capital aprovou em boa hora o Conselho Municipal de Combate à Pirataria. Seus membros podem começar o trabalho observando, nas ruas centrais da cidade, o derrame de milhares de cópias piratas de DVDs!

3 comentários sobre “Coluna de hoje (4)

  1. Como podem tirar os ladrilhos da antiga Academia de Comércio? A analogia com o castelo medieval europeu foi ótima!

    E desse modo, com gente incompetente e vendida, os detalhes da nossa história se perdem. Recuso-me a aceitar que um BARRIGA-VERDE que vista a camisa e tenha orgulho da sua terra natal aprove isso!

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