Autoritarismo na Câmara

A audiência pública sobre transporte coletivo, realizada ontem na Câmara de Vereadores, por pouco não terminou em pancadaria. A truculência do vereador Noberto Stroisch (PMDB) – à esquerda na foto –, líder do governo, impediu que o vereador Ricardo Vieira (PCdoB) – à direita na imagem –, conseguisse presidir os trabalhos e promovesse os encaminhamentos necessários.

Havia representantes de sindicatos, de entidades e até o vice-prefeito João Batista Nunes na plateia. Todos queriam discutir o problema do transporte coletivo e as questões de mobilidade urbana. Mas Stroisch, que faz parte da tropa de choque do prefeito Dário Berger, promoveu ataques sistemáticos à mesa diretora, causando a suspensão da sessão.

Parece óbvio que a cidadania não tem mais vez na Câmara de Vereadores de Florianópolis, apesar do abnegado trabalho de alguns parlamentares – não apenas oposicionistas, diga-se a verdade – que pretendem desenvolver suas atividades com seriedade e espírito democrático. Isso acontece porque a Câmara está dominada pela prepotência, pelos projetos pessoais, religiosos (evangélicos, para ser bem claro) e pelo narcisismo de alguns, que se julgam eleitos por Deus para guiar o rebanho na Terra.

A oposição é tratada com desprezo, com ódio, com discriminação. Quem não reza pela cartilha do Executivo – que manda e desmanda na Casa – é perseguido e acusado de estar a serviço da elite florianopolitana. Elite? Que elite? Aquela que quer o contraditório, aquela que quer discutir os projetos, aquela que pretende o melhor pra cidade, que está preocupada com segurança, mobilidade, meio ambiente, cidadania.

De nada adianta a Câmara partir para promoções marketeiras (fogueteiras) que pretendem “popularizar” sua existência, se na prática, dentro de suas instalações, o povo não tem vez. E parte do povo, que não concorda com a forma como a Câmara trabalha, tem o direito de se fazer representar por aqueles vereadores que não rezam pela cartilha do Executivo. O que se viu ontem, tanto na audiência pública quanto na votação relativa ao terreno da penitenciária, foi a manifestação de um autoritarismo que não tem nada a ver com democracia.

13 comentários sobre “Autoritarismo na Câmara

  1. E a rapaziada do capuz, capinha e do esquadro torto Damião? Aqueles que não dizem que são, que escondem que são e de que ‘casa’ são? Tá tudo dominado e tá cheio de interesses que não são os da cidade. Devia ter enchido os cornos do folgado. Esse papo de ‘meu pau é maior que o seu’ e ficar perturbando tem de ser coibido na hora, sem medo, uma empanada na orelha do folgado e o caso virava mídia nacional… na rabeira vinha à tona todo o escândalo do transporte público ineficiente de Florianópolis.

  2. Deveríamos ter a possibilidade de fazer “recall” dos nossos políticos. Esse tipo de gente, no município e Estado (todos da praga chamada PMDB) usam esta tática. Fora tiranos.

  3. suplente já não é nada……ai quer aparecer se achando o dono do pedaço, esse Norberto de democratico não tem nada…

  4. Esse Norberto é um gangster sem voto. Parabéns ao vereador Ricardo que não deixou-se curvar à truculência desse camarada. Minha solidariedade ao vereador João Amin, que botou bem o Norberto no seu lugar, quando o mesmo fez citação a operaçõ do Banco Santos, na gestão da tia. (assunto não estava em discussão, foi uma provocação barata) Norberto é um escroque. Não vamos dar palanque para ele.

  5. Damião!

    O Norberto é daqueles politiqueiros que está não consegue sobreviver longe do poder. Ele não largar o osso de jeito nenhum. Pula de galho em galho para garantir a sua boquinha. É um verdadeiro personal puxa-sacos e submisso àqueles que, no momento, detém o poder. É só fazermos uma retropesctiva dos últimos 15 anos e fazermos um Raio X, para constatarmos que esse “ilustre” senhor está sempre agarrado, grudado, preso ao saco do seu chefe. É um desqualificado, pau mandado e com certeza, faz qualquer coisa para continuar usufruindo dos benefícios que o ofício de traíra lhe dá.

    Fredy

  6. O vereador Noberto Stroisch (PMDB) parece ter tentado imitar nos trejeitos o ex-presidente Fernando Collor em episódio recente no senado.
    Apesar da tentativa, a truculência dele parece ter vindo do fundo do coração. E o interessante é que ele já esteve do “outro lado”.

  7. Estratégias de stalinismo, leninismo, trotskismo, maoismo etc e tal, são como vírus: pegam. E não apenas em esquerdistas por vocação, como muitos imaginam, mas em quaisquer outros politiqueiros oportunistas. LesPaul // 27/11/2009 às 10:11 |
    “NOTA 10 Joanildo. Vamos lançar uma Campanha pelo recall de políticos que não prestam.. mas devolver pra onde???”
    Minha sugestão: que os políticos que não prestam sejam devolvidos para as p?t@s que os pariram. Inclusive – ou devo dizer principalmente? – para as já finadas, se é que me faço entender…

  8. Ei Les Paul, que tal mandar para a “pauta que pariu”???? Coitado do bloco carnavalesco….rssss….

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