Uma cidade vazia (1)

 

No entardecer do último domingo saí para dar uma volta. No meio do caminho, resolvi prestar atenção: propus-me a contar quantas viaturas da Polícia Militar passariam pela minha rua. [Lembrei de uma distração dos tempos da infância, que era contar quantos carros passavam na frente de nossa casa; uns quatro ou cinco por tarde].

Bem, fiquei andando pela Hercílio Luz durante 40 ou 50 minutos. Quantas viaturas? Nenhuma. Quantos malacos circulando pela via, pedindo coisas e enchendo o saco de quem queria só caminhar? Uns 20.

É nisso que esse “governo para as pessoas” está transformando nossa cidade: uma cidade vazia, no sentido estrito e no sentido amplo.

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