Coluna de terça (2/11)

Uma solução à vista

O terreno em frente ao Beiramar Shopping, sem uso há décadas, pode ter uma solução urbanística, caso o proprietário da área – o Exército brasileiro – concorde em cedê-lo à cidade. Aquela situação absurda pode ter um fim e o terreno, caso os militares abram mão de sua posse, pode virar uma bonita área de lazer para os florianopolitanos. A WOA Empreendimentos Imobiliários já manifestou sua disposição de assumir a urbanização, a exemplo do que fez com a Praça Celso Ramos, entregue na semana passada. O empresário Walter Koerich, diretor da empresa, acenou com essa possibilidade em discurso pronunciado diante do prefeito Dário Berger, secretários municipais e outros dirigentes empresariais.

Se o Exército concordar, a cidade agradece.

Reféns

No último domingo, florianopolitanos e turistas sentiram-se reféns de uma cidade que não tem infraestrutura, planejamento, muito menos autoridades de trânsito. Quem esteve no gigantesco engarrafamento – três horas de tranqueira nas imediações da Via Expressa Sul – sentiu na pele o que é viver na Capital Turística do Mercosul. E não há desculpa plausível para o que ocorreu – nem feriadão, nem dia bonito, nem dia de eleição. A causa da nossa imobilidade urbana é ausência mesmo do poder público.

Abuso

Fila para abastecer no posto da Mauro Ramos – que, milagrosamente, vende combustível mais barato – não perdoou nem o domingo ensolarado. O engarrafamento atingiu quase um quilômetro na manhã daquele dia. E ninguém fez nada. Dizem que, vez ou outra, aparece um guarda de trânsito para dispersar os motoristas infratores. Impedir a circulação de veículos, na via pública, é infração ao Código de Trânsito Brasileiro.

Capital

Rogério Machado observa: “O custo de uma transferência de capital para o interior, na região serrana, teria um custo de 3 bilhões. O pessoal acha muito? O que acham de aumentar a dívida do Estado em R$3 bilhões para beneficiar uns títulos podres da época do Paulo Afonso que o Bradesco possui em sua carteira? Para isto ninguém fala nada. Também não sou a favor da mudança da capital, usei este exemplo apenas para ilustrar o caso das Letras da época do Paulo Afonso e seus custos para a população catarinense”.

Velhas árvores

Escritor Flávio Cardozo Júnior enviou cópia de uma crônica sua, de 1986, sobre a jaqueira da Rua Esteves Júnior que quase virou madeira, não fosse a intervenção dos vizinhos. Trecho: “Não é possível que, nas sombras da madrugada, os interesses de uma empresa avancem dessa forma sobre um bem natural que todos querem de pé, a viver o tempo que puder viver”.

Eficiência

Tanto José Serra (PSDB) quanto Dilma Rousseff (PT) receberam, durante a disputa eleitoral, um importante documento produzido pela Acij (Associação Comercial e Industrial de Joinville), contendo “Propostas para garantir um país cada vez melhor”. O presidente da entidade, Carlos Schneider, entregou sugestões preparadas pelo movimento Brasil Eficiente, que visam à redução dos impostos e a simplificação da carga tributária, após as melhorias dos gastos públicos.

Oportunidades

A ideia geral do documento – que está com a presidente eleita Dilma Rousseff – é mostrar que o Brasil precisa de um Estado mais eficiente e enxuto, como forma de viabilizar as reformas indispensáveis para que o país possa definitivamente oferecer oportunidades para todos.

O texto relaciona e enfatiza alguns pontos fundamentais que preocupam o empresariado brasileiro.

Pontos

Entre os pontos, destacam-se: reforma política, reforma fiscal, reforma trabalhista e questões pontuais. Entre estas, a duplicação da BR-280, a instalação de uma refinaria da Petrobras em Santa Catarina, usina de regaiseficação em São Francisco do Sul, consolidação do campus da UFSC em Joinville e instalação de uma ZPE (Zona de Processamento de Exportação em Araquari).

Vai render – Vereador Ricardo Camargo Vieira apresenta requerimento à Câmara de Florianópolis nesta quarta-feira, para ampliação do debate sobre a revitalização da Paulo Fontes e Mercado Público, com discussão correlata sobre o destino dos comerciantes do Camelódromo.

Depois – Discreta e prudente, a deputada estadual eleita Angela Albino (PCdoB) não quer saber de discussões imediatas sobre a possível candidatura à prefeitura de Florianópolis em 2012. Acha que é muito cedo, segundo revelou em entrevista à Rádio Guarujá. De fato, nem assumiu na Assembleia ainda.

Desacato – Sabem aqueles cartazes que certas repartições públicas expõem, advertindo os cidadãos e contribuintes sobre possíveis punições em caso de desacato a funcionários públicos? Podem ser proibidos, se projeto do vereador Jaime Tonello (DEM) for aprovado na Câmara de Florianópolis. Em boa hora, por sinal.

Destino – Leitor anônimo observa: “Quem pode responder com propriedade sobre essa insistência para implantação do transporte marítimo em Florianópolis é a JetBuss, que LHS implantou entre Joinville e São Francisco do Sul e que foi parar em Paranaguá”.

Maternal – Vejam só que bonitinho (mesmo): projeto do vereador Gean Loureiro (PMDB), em tramitação na Câmara da Capital, declara de utilidade pública a Associação Amigas do Bebê.

O cargo – Presidente ou presidenta? Embora o segundo termo exista, o primeiro é mais usual e substantivo comum de dois gêneros. Mas a analogia é danada: imigrante, nubente, feirante ou gerente são quatro palavras equivalentes, que não têm variação feminina no final. Felizmente.

Desestímulo – Mais uma queixa sobre a Fenaostra 2010: o preço das latinhas de cerveja, a R$ 5. Ainda mais quando se sabe que supermercados vendem o produto a partir de R$ 1 a unidade. No atacado, saem mais baratas ainda.

Livros – Começa nesta quinta-feira a 25ª edição da Feira do Livro de Florianópolis. No Largo da Alfândega, até dia 13, com apoio da prefeitura, patrocínio da Tractebel Energia e parceria do Sesc.

Lagoa – Amanhã às 17h a Acif (Associação Comercial e Industrial de Florianópolis) – Regional Lagoa – promove mais uma reunião para discutir a questão da insegurança dominante na região. Autoridades estaduais vão participar do encontro. Soluções, já!

5 comentários sobre “Coluna de terça (2/11)

  1. Caro Damião: alguém sabe qual é a bandeira daquele posto de gasolina que bagunça o trânsito da Av. Mauro Ramos? Toda vez que fico retido nas proximidades daquela esculhambação aproveito para tentar descobrir de onde vem o combustível vendido ali. Ainda não consegui.

  2. As latinhas na parte de alimentação Fenaostra estavam a R$ 3,00 e no show a R$ 4,00. Não acho que são preços abusivos. Primeiro porque são mais baixos do que nas casas noturnas por aqui. E depois porque mesmo a esse preço havia muitos, mas muitos bêbados inconvenientes lá dentro.

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