Coluna de sexta (3 de setembro)

Repensando o mercado

Há várias questões que envolvem o Mercado Público e que certamente devem merecer a atenção da prefeitura e da comissão que está analisando o mix daquele importante prédio comercial e cultural da cidade. Uma é a configuração em si dos espaços, que devem ser valorizados em relação à operação dos boxes, com aparência menos “muambeira” e mais civilizada.

Outra ideia, que circula inclusive entre candidatos à eleição deste ano, é o próprio funcionamento do mercado. Numa cidade que já pretendeu ser a capital turística do Mercosul, é deplorável que um espaço como o mercado – assim como os museus e outros equipamentos centrais – não abra nos fins de semana. É como se, em Paris, Rio ou Roma, as principais atrações turísticas fechassem para o descanso ou lazer de seus funcionários nos sábados e domingos.

Missão

O fato é que a prefeitura tem que ouvir a sociedade sobre o mercado e mesmo sobre a revitalização completa do Centro da cidade, transformado nos últimos anos numa espécie de casa de horrores. Um passo para isso é justamente o trabalho da comissão nomeada pelo prefeito Dário Berger, composta por representantes de entidades ligadas ao comércio e serviços.

Cartaz

De olho nas milhares de pessoas que devem chegar à Ilha de Santa Catarina neste fim de semana, o Beiramar Shopping decorou sua fachada com uma mensagem de apoio e respeito à Parada da Diversidade. Como se sabe, o público GLTBS tem em geral um bom poder aquisitivo. Logo, nada melhor do que atraí-lo para um templo de consumo local, que fica a poucos metros de onde acontecerá a manifestação GLTBS deste feriadão.

Restos perigosos

A imagem mostra o toco de uma árvore que caiu durante ventania, no início do ano. O leitor Adalberto Nicolazzi questiona: “Por que a prefeitura deixou assim? Uma situação dessas bem em frente ao quartel da Polícia Militar e a poucos metros do Ipuf”. O toco em questão fica, portanto, na Praça Getúlio Vargas.

Som alto

Leitor que criticou a balbúrdia na região do Mercado Público – e que foi contestado ontem pelo pastor Moisés Martins, da Assembleia de Deus – escreveu para reafirmar sua queixa, esclarecendo que não se trata de preconceito religioso. Na verdade, a crítica que fez foi referente ao elevado número de decibéis que o veículo da igreja utilizava. Apenas isso.

Cinema de qualidade

O bom cinema da semana está, é claro, na sala do Paradima. É “Godard, Truffaut e a Nouvelle Vague”, documentário sobre a amizade, a criatividade e a ruptura de dois gênios da sétima arte, os franceses Jean-Luc Godard e François Truffaut. Para quem não conheceu a Nouvelle Vague em seu auge, é um grande programa. Nesta sexta e sábado, em duas sessões: 19h e 21h30.

Corretores

A segunda semana de setembro começa cheia na Capital, com a Parada da Diversidade, e continua cheia, com mais um evento grandioso no Centrosul. Trata-se do 23º Congresso Nacional dos Corretores de Imóveis, evento que deve reunir mais de três mil profissionais a partir de quarta-feira e até sábado. A maior parte dos temas do congresso será voltada ao boom da construção civil registrado atualmente no Brasil e que, conforme especialistas, deve durar uma década.

Turismo

A Santur e o Florianópolis e Região Convention & Visitors Bureau concluiu ontem um road show – promoção de marketing – da capital catarinense em quatro grandes municípios paulistas: Campinas, São José dos Campos, Santo André e Ribeirão Preto. Os paulistas representaram 13,28% dos visitantes que estiveram em Florianópolis na temporada passada

Teatro

Os artistas da Grande Florianópolis vão dispor de 22 oficinas gratuitas, durante o 17º Floripa Teatro – Festival Isnard Azevedo, que a Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes (FCFFC) realizará de 10 a 19 de setembro. Entre as que devem ter maior procura são Arte do Palhaço, da Cia. Pé de Vento, e Introdução ao Jogo Clownesco, de Geraldo Cunha.

Manezinhos

Vanderléia Will, integrante da primeira, e Geraldo foram colegas no extinto Grupo Atormenta, que levou a linguagem do clown (palhaço) às ruas e praias de Florianópolis na década de 1990. Ambos se notabilizaram encarnando os manezinhos Dona Bilica e Seu Maneca, até tomarem rumos separados, mas sempre trabalhando pela cultura da Ilha.

Correio – Atenção leitores: a partir de hoje, esta coluna passa a receber informações e fotos no e-mail damiao@noticiasdodia.com.br. Mas podem continuar mandando com cópia para o carlosdamiao@gmail.com.

Twitter – E os leitores também podem me acompanhar no http://twitter.com/Damiao_ND.

Relíquias – Vale a pena reservar um tempinho no fim de semana para visitar o Floripa Shopping, onde está a exposição 60 Anos de TV no Brasil, que apresenta relíquias (aparelhos) do passado e as últimas novidades da tecnologia.

Saudade – Pau que nasce torto, morre torto – diz um ditado antigo. Só isso explica por que um bandido voltou a cometer crimes, 24 horas depois de ter conquistado a liberdade provisória. O criminoso foi preso ontem. Devia estar mesmo com saudade da cadeia.

2 comentários sobre “Coluna de sexta (3 de setembro)

  1. Boa tarde, Carlos Damião
    Sempre que posso, acompanho seus comentários politicos. Semana passada, creio que sexta-feira, o senhor comentava no programa da Leda Limas sobre a campanha eleitoral catarinense e a nacional. Sobre esta última, o senhor combatia firmemente a “baixaria” da campanha em Brasilia nestes ultimos dias. Creio que se referia às noticias sobre os vazamentos dos sigilos fiscais da familia Serra. Confesso que nao percebi a quem o senhor criticava: o PT de Dilma pela quebra ilegal ou o PSDB de Serra pelos comentarios indignados?
    Agradeco muito pela elucidacao.

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