Coluna de hoje (31 de agosto)

Insegurança só aumenta

Agronômica, Trindade, Santa Mônica, Abraão, Coqueiros, Bom Abrigo, Costeira, Pantanal, Centro, Ingleses – eu escreveria aqui os nomes de todos os bairros de Florianópolis, sem falar em Palhoça, Biguaçu e São José. Não há uma comunidade que não reclame da falta de segurança, seja a este colunista, ao colega Hélio Costa, a programas de rádio e de televisão.

O governo já anunciou concurso público para admitir mais policiais. Mas a gente sabe que concurso é coisa demorada, para um ano ou mais. Até quando aguentaremos essa situação, que já passa dos limites? Há pessoas que não saem de casa em determinados horários do dia com medo de ser assaltadas. E isso não é na periferia, é em ruas principais dos bairros citados e de tantos outros. Por que as autoridades só prometem soluções e não adotam medidas emergenciais?

Choque de gestão

Preocupada com os índices de criminalidade, a Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF) colocou a segurança pública como uma das prioridades a serem defendidas durante os encontros com os candidatos ao governo do Estado, agora em setembro. A entidade defende “um choque de gestão”, representado pelo entrosamento das entidades ligadas à segurança pública. Entre essas ações, combate ostensivo ao tráfico de drogas.

Crime à vontade

Leitor Nacor Serapião observa que o Conseg de Coqueiros e região chegou a discutir, em reunião, a instalação do BOPE (Batalhão de Operações Especiais da PM) no chamado parque da pedreira, área abandonada no Abraão. “Mas uns bacanas escaladores de pedras foram contra”, assinala. Para Nacor, a presença do BOPE seria uma garantia de tranquilidade para os moradores, hoje agredidos em seus direitos por conta da violência dos bandidos que agem nos bairros. “Só temos que esperar o pior”, conclui o leitor.

Pela paz

O Centro Educacional Menino Jesus realizou no fim de semana uma manifestação na Avenida Beira-mar, denominada Ecos da Paz. Pais, alunos, professores e funcionários da escola, vestidos de branco, percorreram uma parte daquela via para pregar a paz. Iniciativa bacana, que devia se multiplicar.

Desatadora

Osvaldo Peixoto, sobre a primeira pergunta de “O povo quer saber”, de ontem: “Posso te garantir que a número um não dar em nada. Essa prática já vigorava no Império Romano, imagine-se hoje. Se puxar o primeiro siri do balaio, a penca vem toda, ‘mô’ pombo! Essa foi só uma ruela, agigante e passa isso pra Santa Catarina e pro Brasil. Nossa Senhora Desatadora dos Nós, rogai por nós”. A primeira pergunta era sobre a rua pavimentada duas vezes em Palhoça.

Silêncio

Observação enviada por um leitor, que não pode se identificar, sobre a questão da lei do silêncio em Florianópolis, completamente ignorada até pelo poder público. “Dizem que não podem fazer obras na Beira-mar à noite por conta da lei do silêncio. Mas fazer shows em tudo que é lugar, e até madrugada adentro, pode, né? Nem o Hospital de Caridade respeitam!”.

Desânimo

Registro do leitor Anthony Toini sobre notas publicadas aqui: “

“São tantos problemas que acontecem por estas bandas, que fico até desanimado para fazer comentários. É o caso das invasões em Naufragados e Lagoa do Peri; é o caso do casarão tombado que foi demolido numa madrugada; é candidato a deputado que com hipocrisia deslavada garante ter melhorado a segurança pública… e por aí vai! E o Rio Araújo, que, desde quando me conheço por gente, sempre foi um esgoto a céu aberto… Só desânimo!”.

Concreto

Reportagem de Maiara Gonçalves, publicada no Notícias do Dia do fim de semana, apresentou um diagnóstico interessante sobre um setor da construção civil que ganha cada vez mais espaço – a indústria de pré-moldados. Artefatos de concreto utilizados na construção civil têm se destacado pela qualidade, pelo baixo impacto ambiental e pela agilidade.

Velocidade

Há inúmeros exemplos de como obras ganham velocidade quando utilizam pré-moldados – caso de shopping centers, estádios e conjuntos habitacionais. Na Grande Florianópolis, onde a construção civil tem ritmo de crescimento chinês, grande parte dos empreendimentos utiliza esses artefatos nas etapas construtivas.

Correção – O nome correto da arquiteta que tem um projeto para o Parque da Luz é Kaliane Wunderlich. Atualmente, ela vive em New York.

Sem cinema – Os moradores do Centro de Florianópolis continuam sem cinema. Os únicos que existiam eram os do Beiramar Shopping, fechados há não sei quanto tempo.

Éramos felizes – E nós, que chegamos a ter seis cinemas no Centro até a década de 1990: São José, Cecomtur, Roxy, Ritz, Carlitos (ex-Coral) e Art 7. De seis pra nenhum é um abismo muito grande!

Saneamento – Boa notícia: estão adiantadas as discussões sobre o Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico de Florianópolis, envolvendo prefeitura e uma dezena de entidades públicas. Enfim, quem sabe tenhamos um sistema de saneamento básico que garanta nossa qualidade de vida!

Tudo na mesma – Os médicos residentes continuam em greve. Os pacientes continuam sendo maltratados nas emergências hospitalares. Os alunos do Colégio de Aplicação continuam com sua vida escolar prejudicada, porque a UFSC não pode contratar professores. Tudo na mesma e a cidadania continua sendo humilhada.

Flagra – Um leitor flagrou um Vectra preto em atividade política no município de Antônio Carlos, no fim de semana. Quer saber o que o veículo, de Florianópolis, com placas frias, e a serviço de um dirigente público, fazia naquele município num dia de campanha eleitoral.

4 comentários sobre “Coluna de hoje (31 de agosto)

  1. Damião, peço atenção aos cinemas da Fundação Badesc, na esquina oposta ao TAC, que funciona todo dia de semana às 19h com filmes fora do circuito comercial. Infelizmente não atende aos sábados e domingos que é quando o povo tem mais tempo de passear.

  2. Ola Damiao,
    Obrigada pela divulgacao de noticias pertinenrtes aos moradores e amantes da Ilha da Magia. Moro na California mas sou nativa da ilha. Voltarei por alguns meses a Floripa e tenho receio sobre a falta de seguranca. E importante aumentar o numero de policiais nas ruas, mas tu nao achas que existem outros fatores que precisam ser observados tambem, como a melhoria das condicoes de saneamento e moradia, criacao de empregos e educacao? E o que tu achas dos usuarios de drogas que motivam o trafico? Se as pessoas nao consumissem drogas nao haveria trafico nao e mesmo? Logico que nao e tao simples assim, mas aqui novamente necessita-se educacao e conscientizacao. O que tu achas da legalizacao das drogas? Afinal uma das piores drogas e consumida com bem pouca reserva: alcool.
    Me disponho a fazer um video para ajudar na educacao no combate as drogas. Alguem para ajudar?

  3. Damião, não sei se Angela Albino vai me socorrer: acho que para autorizar a construção de um shopping a lei exige a instalação de salas de cinema. Se assim for, o Shopping Beiramar está na clandestinidade. Tinha três cinemas, fechou todos, abriu lojas nos locais, algumas também já fechando, e até agora, decorridos mais de dois anos, nada foi feito. Abraço – Paulo

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