Coluna de 1º de abril

Horas finais

Não faltam especulações pela cidade sobre o futuro de Dário Berger. Próximas horas serão decisivas: é hora de o prefeito definir se fica ou não fica no cargo.

Os desafios do turismo

Florianópolis é a referência principal quando se trata de focalizar o turismo catarinense. É o produto mais conhecido, vendido e admirado. Essa revelação da pesquisa Plano Catarina, divulgada ontem, não chega a surpreender quem lida com a questão turística, muito menos os jornalistas. Mas o que é motivo de orgulho para os florianopolitanos, é também a razão para preocupações variadas, por conta do comprometimento da qualidade de vida e do crescimento populacional descontrolado.

Vender a marca Santa Catarina de maneira global no plano nacional e internacional, a partir da pesquisa realizada pela equipe do consultor Josep Chias, é um desafio grandioso, principalmente quando se leva em conta que a maioria (58%) dos visitantes associa Santa Catarina a praia, sol e verão. E todos sabemos que o Estado não tem apenas esses atrativos, sempre vinculados à região litorânea e maciçamente localizados em relação a Florianópolis.

Esportes

Um dado interessante revelado pelo Plano Catarina é a constatação de que Santa Catarina é identificada pelo surfe quando se trata de associar o Estado a uma modalidade esportiva. Quando se fala em personalidade esportiva, o tenista Gustavo Kuerten é o garoto-propaganda dos catarinenses.

Baladas

Outra informação relevante é relacionada ao Beto Carrero World, identificado nacional e internacionalmente como símbolo de entretenimento em Santa Catarina. Ao tratar de cultura, a alemã é preponderante como identificação externa do Estado. Quanto a festas, a Oktoberfest é imbatível. E no quesito de cidades voltadas ao entretenimento destacam-se Florianópolis e Balneário Camboriú.

Lotação

A plateia que lotou o auditório do Hotel Majestic – havia mais de 300 pessoas – era constituída em sua maioria por profissionais e empresários do trade turístico. Mas o evento atraiu também a atenção de prefeitos e dirigentes municipais de turismo, além de técnicos do setor.

A meta

O grande desafio apontado pelo Plano Catarina, de promover o Estado de forma ampla, é tarefa complicada, lenta e que, não por acaso, estabelece o ano de 2020 como meta para alcançar o objetivo. Uma das deficiências é a própria “marca” de marketing do Estado (o slogan Santa & Bela Catarina), considerada muito fraca pelos consultores.

Precariedade

O leitor nem precisa ser muito esperto para descobrir qual o principal problema apresentado pelos entrevistados na pesquisa do Plano Catarina – a infraestrutura rodoviária deficiente nos principais acessos aos pontos turísticos do Estado. Problema para ser tratado e resolvido pelos novos governantes, que assumem em 1º de janeiro de 2011.

O xis da questão

Compare as fotos, leitor, para entender por que o Ministério Público Federal mandou o Hospital de Caridade suspender as obras do crematório que a Irmandade do Senhor dos Passos pretendia construir ao lado do seu cemitério: a imagem de cima foi registrada em 5 de maio de 2008. A de baixo no dia de ontem. A devastação da mata atlântica, no entorno do cemitério, foi significativa.

Lógica invertida

É muito estranho que a organização de um evento esportivo de porte – como o Ironman Brasil – tenha que recolher da comunidade um pedido tão singelo: segurança pública. Foi o que aconteceu no Norte da Ilha, num encontro entre os representantes do Ironman e lideranças comunitárias.

A ironia

O problema é justamente a inversão da lógica institucional: a sociedade apontar a insegurança em que vive para que possa ter o direito de sediar em paz um evento que reúne alguns dos melhores atletas de triatlo do mundo. E as autoridades o que dizem? Nada, porque aparentemente vivemos no melhor dos mundos.

Caso Bocelli

O Ministério Público de Santa Catarina fez o que parecia inadiável: ingressou na segunda-feira com ação civil pública, por improbidade administrativa, contra todos os envolvidos na promoção do show de Andrea Bocelli, prometido para 28 de dezembro do ano passado e nunca apresentado. O MP requer a indisponibilidade de bens do prefeito Dário Berger, do ex-secretário de Turismo Mário Cavallazzi, entre outros.

Indignação

O caso Andrea Bocelli não tem explicação lógica, nem ética, muito menos contábil. Como o poder público pode ter adiantado R$ 2,3 milhões para a realização de um espetáculo que não aconteceu? Só esse aspecto já justifica a indignação de qualquer cidadão. Devolver esse dinheiro aos cofres públicos é a questão mais destacada pela ação civil pública proposta pelo Ministério Público estadual.

Que bom – Os industriais catarinenses continuam confiantes na economia. O índice que aponta o otimismo do empresariado registrou 65 pontos em março, numa escala que vai de 0 a 100. Acima de 50 é sempre positivo.

Patrulha – Excesso de velocidade, ultrapassagens proibidas e álcool ao volante: estes os três focos principais da Operação Semana Santa 2010, da Polícia Rodoviária Federal. Toda força e respeito aos patrulheiros!

Que feriadão – Cidadã tirou um tempinho ontem para ir ao Cartório Eleitoral cuidar da transferência de seu título. Bateu com a cara na porta. Um aviso colado no vidro advertia que, devido ao feriado da Páscoa, os serviços só voltam a funcionar na segunda-feira.

Esquecidos – Servidores do quadro efetivo da Secretaria de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural estão indignados: o pacote de gentilezas salariais do Governo do Estado não incluiu os funcionários, que ganham salários entre R$ 760 (nível médio) e R$ 1.200 (nível superior).

Misteriosos – Algumas das cabeças coroadas da prefeitura desligaram os telefones celulares ontem à noite para evitar declarações sobre o futuro da administração municipal. O clima é de grande mistério.

Não aprenderam – Depois do rolo da árvore de Natal e do não-show de Andrea Bocelli, ainda tem gente que defende a participação oficial de Florianópolis no Carnaval do Rio de Janeiro de 2011, como tema da escola de samba Beija-flor. Já não basta de rolo? Para quê mais confusão?

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