Coluna de 9 de março

Rodízio já

Quem circula pelas ruas de Florianópolis e São José nos horários mais críticos – quase todos – só vê uma solução: rodízio já. Não é mais possível levar 40 minutos no trânsito para trafegar pouco mais de sete ou oito quilômetros.

PAC no Centro

O Fórum de Revitalização do Centro Histórico da Capital fez um esforço em 2009 para Florianópolis integrar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para cidades históricas. E deu certo. Segundo a ONG FloripAmanhã a verba está para ser liberada e significará uma grande transformação para a região central de Florianópolis, tão carente de atenção do poder público.

Equívoco

Catadores de papelão foram proibidos de exercer suas atividades na região central. Eles puxavam carrocinhas e passavam com relativa frequência pelos estabelecimentos comerciais, recolhendo as caixas depositadas nas calçadas. Agora, sem eles, os comerciantes penam com a destinação do lixo – de alto valor agregado para reciclagem.

Acúmulo

O problema, segundo o proprietário de uma loja de cosméticos, é que as caixas de papelão se acumulam, prejudicam a passagem dos pedestres e o próprio movimento comercial. Ele se diz impressionado ainda com um fato: a Comcap não recolhe o papelão à noite.

Programação

A Prefeitura de Tijucas apresenta amanhã a programação do sesquicentenário do município, num encontro do prefeito Elmis Mannrich com a imprensa. Os jornalistas conhecerão também o projeto da Marca Turística de Tijucas, visitarão o restaurado Palacete Gallotti e o Celeiro do Carro Antigo, outra atração da cidade.

Cultura na rua

Em parceria com a Secretaria de Transportes e Terminais e as empresas de transporte coletivo, a Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes (FCFFC) participou da programação do Dia Internacional da Mulher no Centro ontem, apresentando o espetáculo Sonoras Mulheres, com alunas e professoras da Orquestra-Escola (foto), na região do Terminal Integrado do Centro (Ticen). Esse foi o primeiro evento da FCFFC em comemoração ao aniversário de Florianópolis. Serão 22 atividades até 31 de março, com música, artesanato, literatura, cultura popular, teatro, arte circense, entre outras.

Linha cruzada

Como esta coluna antecipou na edição de domingo, boa parte de Santa Catarina está com assistência técnica precária na telefonia desde a manhã de ontem, por conta do vencimento do contrato entre a Oi e a Koerich Telecom, a empresa terceirizada que fazia a manutenção das linhas.

Reação

A RM, nova empresa contratada pela Oi, é do Ceará e não tem infraestrutura para atender a clientela da telefônica em Santa Catarina. Tentou contratar os funcionários demitidos da Koerich Telecom, mas os telefônicos rejeitaram a proposta, por conta da sensível redução salarial. A trapalhada é de responsabilidade da Oi.

Bibliotecários

Esta é a Semana do Bibliotecário, profissional indispensável à cultura e à educação. Logo mais às 19h30 haverá duplo lançamento de livros no lugar mais apropriado – a Biblioteca Pública de Santa Catarina: “Dos espaços de leitura à Biblioteca Municipal de Jaraguá do Sul” de autoria de Gisela Eggert–Steindel e “Memórias do abrigo de menores”, de Alzemi Machado.

Cultura presente

A presidente da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Anita Pires, coordena em Brasília, entre 11 e 14 deste mês, a delegação de 50 pessoas que representará Santa Catarina na 2ª Conferência Nacional de Cultura. Anita terá dupla função: também representará o Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura, que preside desde o início do ano. Cidade e cidadania e desenvolvimento sustentável estão entre os temas.

Legitimação

“Planejar um futuro para o Brasil, institucionalizar a cultura, agregar valor à nossa identidade nacional, estimular e fomentar a produção cultural, é isso que está sendo feito em conjunto com a sociedade civil e os governos federal, estadual e municipal através da discussão pública. As Conferências conferem e legitimam o debate público, refletindo os anseios da população”, afirma Anita Pires.

Moto-contínuo

A violência no fim de semana não é muito diferente da violência de modo geral na Grande Florianópolis: o que surpreendeu foi a sequência de fatos graves no espaço de menos de 48 horas – assassinato de um empresário, tiroteio na Beira–mar e assassinato de um policial civil. A chamada “onda de violência” na região metropolitana é permanente, é um moto-contínuo.

Integração

Acontece no Centrosul de amanhã até dia 14 a 2ª Mostra Nacional de Desenvolvimento Regional, promovida pelo Ministério da Integração Nacional, um dos maiores eventos do setor no país, com público esperado de 30 mil pessoas. Na programação, simpósios internacionais, seminários, apresentação de projetos inovadores e culturais, todos com inscrições gratuitas.

Mulheres – Secretaria de Ação Social da Prefeitura de Florianópolis romove amanhã e quinta–feira o 1º Seminário Municipal de Políticas para as Mulheres. Será na Assembleia Legislativa, a partir das 9 horas.

Plano – Ideia do evento é subsidiar a elaboração do plano municipal de política para as mulheres, definindo prioridades em todas às áreas de atendimento.

Pra constar – Leitor ligou ontem para dizer que o veículo da Polícia Militar estacionado dentro da Praça 15 não tinha policiais seu interior durante o fim de semana. Passou a noite trancado, apenas com o giroflex ligado.

Testemunho – Ainda assim, este colunista testemunhou uma Praça 15 quieta, bonita e agradável na noite de sábado, quando foi à banca de revistas comprar jornais.

Crack – Se a polícia quiser, acaba bem rápido com as cracolândias de Florianópolis, seja na área central – as ruas do lado Leste da Praça 15 –, seja no aterro da Baía Sul, na região da Assembleia Legislativa, Terminal Rodoviário Rita Maria e Tribunal de Justiça.

4 comentários sobre “Coluna de 9 de março

  1. Com rodízio, a tendência inicial é de melhora, mas isso só até as pessoas comprarem um segundo carro, com placa de final diferente e tudo voltar ao “normal”. Solução é transporte púbico de qualidade e consciência do que é viver em sociedade. E transporte público não só por via terrestre. Para o que se esqueceram, estamos numa ILHA. Até quando o MAR não será considerado uma grande avenida, por onde poderiam circular centenas de barcos, fazendo o transporte entre todos os pontos da ILHA e também com o continente? O que falta para isso virar realidade? Abs.

  2. Damião, vamos por partes… (1) Os comentários de Spesso estão na linha certa. Não conheço país do mundo em que a solução (ou soluções) para mobilidade despreze transportes públicos. Dê uma olhadinha no blog “ilhaeproximidades.blogspot.com”- lá algumas ideias interessantes e aplicaveis aqui. (2) Também é equívoco o uso de espaço público pelos lojistas para exposição de produtos e depósito de lixo (o blog citado também faz referência a situação no centro da cidade). (3) Quem cuidará dos recursos e da gestão dos projetos para o PAC do Centro? O que vimos até agora é verdadeiro desastre. (4) Palavras bonitas da Dona Anita. E as práticas? A quantas andam as obras do CIC? Preocupção com a Cultura rende discursos excelentes. E daí? (4) Violência na Capital não é mais novidade. Durante o dia até frequentoa região central (exceto sábados a tarde e domingos). No período noturno, refúgio. Simples, porém não representa garantia alguma de sossego. É isso.
    Faça uma focinha para manter o blogue. Ainda é um espaço precioso. Abraços.

Deixe um comentário