O formato atual da Catedral Metropolitana de Florianópolis está completando 100 anos. O principal templo católico da Capital passou por sua mais radical alteração arquitetônica ao longo da década de 1910, culminando com sua inauguração em 1922, como parte das comemorações do centenário da Independência do Brasil.
A antiga Igreja Matriz de Desterro tem o significado de ser o “marco zero” da cidade. A capela pioneira foi construída pelos colonizadores que acompanharam o fundador Francisco Dias Velho.
Foi em torno da igreja que Desterro começou a formar seu núcleo urbano, primeiro em sentido Oeste, muito depois em sentido Leste.
Cronologia
1673 – Ano de fundação de Desterro. Estima-se que a capela em louvor a Nossa Senhora do Desterro tenha sido construída nesse ano. Com o tempo, a construção original se transformou em ruínas.
1712 – Criação da Paróquia de Nossa Senhora do Desterro (5 de março). No mesmo ano, a vila de Desterro foi elevada à categoria de freguesia.
1726 – Em 24 de fevereiro foi adotada oficialmente a denominação de Nossa Senhora do Desterro para a vila, que, em 23 de março do mesmo ano, desmembrou-se de Laguna.
1753/1773 – Construção da nova igreja, conforme projeto do brigadeiro e engenheiro português José da Silva Paes, presidente da Província de Santa Catarina (governador) entre 1746 e 1749. A obra foi realizada por seus sucessores.
Ao longo dos séculos 18 e 19 a igreja sofreu várias alterações arquitetônicas, ao gosto dos governantes e da própria comunidade católica.
1908 – Ano em que (a 19 de março) foi criada a Mitra Metropolitana de Florianópolis, ou seja, a Diocese de Florianópolis. No mesmo ano, a matriz foi elevada à categoria de Igreja Catedral (Sé Episcopal).
1910 – Ano que marcou o início da mais radical mudança arquitetônica, já com o objetivo de adequar o templo às comemorações do centenário da Independência do País.
1922 – Inauguração da “nova Catedral”, totalmente diferente do modelo arquitetônico que marcou o templo durante os períodos colonial e imperial e nos primeiros anos da República.
A chamada “grande reforma” inaugurada em 1922 teve estas características: a nave foi ampliada, as torres foram alteradas, foram acrescidos os alpendres neoclássicos na parte frontal. Dentro do alpendre central foi preservada a bela portada de cantaria da construção original projetada por Silva Paes.
Um belo registro histórico de um ponto de referência de fé e dos turistas que chegam a nossa cidade. Obrigada Damião. Grande abraço.