Ponto Final – 25 e 26 de setembro

A anarquia das estrelas

Não há nada tão divertidamente ilhéu, nos dias de hoje, quanto o Almoço das Estrelas, uma anarquia etílico-gastronômica que costuma reunir algumas das personalidades mais interessantes da cidade, entre profissionais liberais, desembargadores, ministros, empresários, políticos e, claro, alguns desocupados crônicos.

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Com Roberto Laus na batuta, o encontro de sexta-feira reuniu o que mais de eclético em Florianópolis, num dos mais agradáveis casarões de Santo Antônio de Lisboa, que abriga um excelente restaurante. Gozações, piadas, fofocas, histórias, mentiras e verdades dominaram o evento – até que, enfim, a confraria pudesse render suas homenagens ao ex-deputado Paulo Konder Bornhausen e ao ex-ministro Hélio Mosimann. Depois do momento sério, a bagunça prosseguiu ao longo da tarde.

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Foi um almoço luminoso, supimpa, alegre e inesquecível. Aliás, como todos os Almoços das Estrelas, que poderiam ser semanais, mas que obedecem ao calendário do comendador-mor – acontecem quando se tornam absolutamente indispensáveis à vivacidade, à felicidade e à vontade de seus membros.

Arte

Registro do leitor Anthony Toini: “Quero explicitar a minha satisfação em saber que a cultura e a arte estão no sangue da nossa gente! Chegando para a aula na UFSC me deparei com um coral de aproximadamente 10 pessoas. Eu juro que, em 10 minutos, o espaço já contava com mais de 50 espectadores. A Semana de Arte Ousada promovida na UFSC deveria se espalhar pela cidade e, se possível, por Santa Catarina”.

Confusão (1)

O colaborador Luiz Carlos Amorim faz imensas considerações sobre a mudança que a prefeitura promoveu nas linhas de ônibus continentais. Uma de suas críticas: ao acabar com Jardim Atlântico e Canto, duas linhas que indicavam seus destinos e origens, a prefeitura criou uma nova, denominada Corredor Continente. Que, na verdade, não é um Corredor Continente, já que integra Ilha e Continente.

Confusão (2)

Outra observação de Luiz Carlos Amorim também diz respeito à denominação da nova linha. “Pois as pessoas estão acostumadas com o seu ônibus que tem ‘Continente’ no nome e passa um ônibus com essa palavra no nome, elas embarcam e só depois descobrem que não era o ‘Circular Continente’, mas sim o novo e inteligente ‘Corredor Continente’. Pois não havia, até agora, nenhum outro ônibus com ‘Continente’ no nome!”.

Lata de sardinha

Mais um problema registrado pelo leitor Luiz Carlos Amorim com respeito ao Corredor Continente é relacionado à redução de coletivos e à consequente lotação das outras linhas. “Acontece que agora, nas horas de pico, os outros ônibus ficam apinhados, igual sardinha em lata. Tudo para aumentar o lucro: menos ônibus, menos motoristas, menos cobradores, em detrimento da população, que fica com menos horários, menos linhas e com ônibus entupidos”.

Exemplo

Procurador geral da Câmara de Vereadores, o advogado Alceu de Oliveira Pinto ajudou a elaborar a lei que proíbe fumar em espaços públicos e privados de uso coletivo. Largou o cigarro após a aprovação da lei, dia 25 de março deste ano. A lei, que foi alvo de uma audiência pública de avaliação, está sendo amplamente aceita na cidade. A população é seu maior fiscal.

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E o Grupo RIC lançou na sexta-feira o Instituto RIC de Atitude Social, cuja primeira ação é voltada justamente ao combate ao fumo – Respira Floripa é a campanha que começa a ser divulgada nos veículos da rede.

Prioridades

Seria bom que a prefeitura, antes de construir novas praças, promovesse uma revitalização das existentes e, além disso, iniciasse uma campanha para que os proprietários de imóveis façam calçadas decentes. Há inúmeros exemplos de irregularidades, em diversos bairros. No Centro, há calçadas em que o piso-guia esbarra… num poste. Ou, por outra, o piso-guia não tem continuidade – e, quando continua, segue em ziguezague.

Correção – A ação de limpeza das praias de Governador Celso Ramos foi promovida pela AASA (Associação de Ações Sócio-Ambientais), com apoio da Proactiva.

Marginais – Um dos problemas de mobilidade, em direção ao Norte da Ilha de Santa Catarina, é a falta de acessos marginais – como o que foi feito em frente ao Floripa Shopping.

Solução – Toda a área administrativa e comercial do trecho que corta o bairro Saco Grande precisa, urgentemente, de ampliação das pistas, para suportar o ritmo de entrada e saída de empresas e órgãos do governo.

Reta final – Entramos na reta final da eleição. Trata-se de uma semana de muita tensão e, obviamente, de muita disputa por espaços nas ruas. Na sexta-feira, a quantidade de cabos eleitorais espalhados pela região metropolitana era impressionante. A exposição das publicidades dos candidatos prejudicava sensivelmente a atenção dos motoristas.

Greve – Quem depende da rede bancária deve ficar atento: é possível que os bancários entrem em greve a partir de quarta-feira. Aliás, trata-se de um evento anual tão certo quanto a Procissão do Senhor dos Passos, a Páscoa e o Natal.

Renovação – Um fato que nos impressionou no Almoço das Estrelas, promovido na sexta-feira, é a renovação dos participantes. Não são apenas as estrelas mais velhas que batem ponto nos encontros da confraria: havia também muitos jovens.

Imprudência – Dado divulgado na Semana Nacional do Trânsito: na capital, as mortes nas ruas e estradas estão em terceiro lugar, atrás apenas de doenças cardiorrespiratórias e cânceres. Preocupante, porque a principal causa é a imprudência.

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